quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Corrompido

Corrompido
Gabriela Prado

Pra que amor

Se o vermelho inflama

Queimando faminto com suas cegas chamas

Qualquer esperança que abriga a mente sã

Sua intensidade mesmo que eterna

E por mais forte que seja sua fúria

Pouco importa diante o tempo

Com seu sopro gélido

Que transmuta em cinzas

Pó seco negro

Quase tóxico de desespero

Na terra infértil bem enterrado

Brota por dentro o caminho corrompido

Direto ao precipício por ti cavado

Pobre já podre

Todo estragado

Lhe queimou tudo

O coração

Homem já restos

Quebrado em vão

Nenhum comentário:

Postar um comentário