sábado, 25 de maio de 2013

Meio cheio


Meio cheio

Gabriela Prado

Simples assim.
Metades não completam inteiros. 
Disfarçam apenas, sem matar a fome.
Metade é algo perecível
É lembrança do que falta
É ausência camuflada de intenção.
Metade é boa atriz
É holograma
É aperitivo que distraí tão bem, 
Mas cansa...
Metade despida, é meia pessoa.
E meia pessoa, 
É pessoa nenhuma. 

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